O Manchester United parece ter se especializado em transformar grandes promessas e estrelas consolidadas em motivo de piada. E isso não é de hoje. O clube inglês, que já foi sinônimo de excelência sob o comando de Sir Alex Ferguson, agora acumula um histórico preocupante: jogadores que chegam em alta e saem por baixo — ou, no melhor dos casos, se recuperam longe de Manchester.
Em 2022, os Red Devils desembolsaram quase 100 milhões de euros para contratar Antony, destaque do Ajax e da Seleção Brasileira. A expectativa era alta, já que o atacante vinha de boas temporadas na Europa e havia sido peça importante na conquista da medalha de ouro olímpica. No entanto, sua passagem pelo clube inglês se tornou mais conhecida pelas críticas e piadas do que pelos gols e assistências.
Mas ele não é um caso isolado. Em 2019, foi a vez de Harry Maguire. Contratado por cerca de 90 milhões de euros, tornou-se o zagueiro mais caro da história do futebol. Desde então, o defensor inglês coleciona falhas e memes — símbolo de uma zaga instável e sem confiança.
A lista de nomes que sofreram queda de rendimento no United é extensa. Casemiro e Varane, multicampeões pelo Real Madrid, nunca conseguiram repetir em Manchester o mesmo nível de desempenho. Onana, goleiro finalista da Champions pelo Inter de Milão, também teve um início de temporada conturbado. Até mesmo jogadores formados no clube, como Jesse Lingard e Marcus Rashford, enfrentaram críticas pesadas por atuações abaixo do esperado.
Curiosamente, longe de Old Trafford, muitos desses atletas voltam a se destacar. É o caso de Antony, que tem mostrado bom futebol no Real Betis, ao ponto de torcedores questionarem se o problema não está no próprio clube inglês.
O padrão levanta uma questão: o Manchester United virou, de fato, um “cemitério de jogadores”? Se a camisa pesa, o ambiente não ajuda, e a pressão consome o talento, talvez a solução seja mesmo evacuar. Afinal, fora de Manchester, alguns desses nomes voltam a lembrar por que um dia foram contratados a peso de ouro.
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