Você já reparou que a seleção do Uruguai exibe quatro estrelas em seu escudo? A explicação oficial é que duas delas representam as conquistas da Copa do Mundo de 1930 e 1950. Mas, e as outras duas estrelas? Elas são referentes às medalhas de ouro olímpicas de 1924 e 1928 — torneios que, segundo a lógica uruguaia, também devem ser considerados títulos mundiais.
Segundo o grande jornalista Ricardo Noblat, se essa regra vale para o Uruguai, deveria valer para todos os países — ou para nenhum. Isso significa que as conquistas olímpicas de futebol realizadas antes de 1930 seriam equivalentes a títulos mundiais oficiais.
Considerando essa interpretação, a contagem de campeões do mundo muda:
- O Brasil segue sendo penta.
- A Itália, a Alemanha, o Uruguai e a Inglaterra seriam tetra.
- A Argentina seria tricampeã.
- A França bicampeã.
- E países como Bélgica e Canadá apareceriam com um título cada — este último pela vitória olímpica em 1904.
No total, são contabilizados sete títulos “extras”: três para a Inglaterra, dois para o Uruguai, um para a Bélgica e um para o Canadá.
Essa abordagem gera debates e traz uma perspectiva diferente sobre a história do futebol mundial, desafiando o conceito tradicional de Mundial da FIFA.